Notícias da CODECA

O lixo não tem conserto - Jornal Pioneiro

Texto, do jornalista Ciro Fabres Neto, publicado na edição desta quinta-feira do Jornal Pioneiro.


O lixo não tem conserto


Do jeito que está não é possível mais prosseguir. Algo terá de ser feito. Foi em agosto do ano passado o começo, e sempre se sabe que os começos são mais difíceis. Questão de hábito, tinha gente que reclamava de levar o lixo 20 metros adiante, porque antes tinha a lixeira na porta da casa. Passou um tempo, e foi o que se imaginava: com o andar dos dias, as situações se acomodaram.
Mas tem-se agora 10 meses de implantação dos contêineres, e o que se vê, em várias quadras do centro da cidade, é que a coleta do lixo não tem conserto, e não por culpa do sistema. Até houve e há falhas, o contêiner amarelo era muito pequeno, e ainda é menor do que o verde, fica a nítida sensação de que deveria ser invertido, e essa situação também faz a sujeira extrapolar. Mas a coleta do lixo não tem conserto, pelo menos neste momento, essencialmente pela má educação de quem poderia se valer dos contêineres para viver em uma cidade mais limpa.
As imagens que surgem no jornal, todo dia, são estarrecedoras. Mas não fiquemos só nas fotografias, é só circular pelas ruas e perceber o caos e o lixo esparramado ao lado dos equipamentos. É triste fazer tal afirmação, mas a cidade está uma sujeira. E dizer que poderia estar limpa, bastava utilizar os contêineres com educação! O que era aquilo ali na Garibaldi, entre a Sinimbu e a Dezoito, como amanheceu no sábado, a calçada repleta de lixo? E o contêiner virado na Marcos Martini, no Pio X, quem virou? E ali na Rua Felipe Camarão, no Exposição, mais lixo ao lado do contêiner, e na Irmã Valiera, em São Pelegrino, esquina com La Salle, onde o lixo é esparramado todo dia na calçada? E os maus catadores que retiram lixo de um equipamento para colocar no outro, ou deixam tudo no passeio? E os contêineres que viraram cinza em atos de vandalismo?
A prefeitura, a Codeca, a Brigada e a Guarda Municipal terão de partir para medidas duras e antipáticas. Não há outra saída. Em 10 meses, maus caxienses e maus catadores colocaram o lixo e as calçadas da cidade de pernas para o ar. A fiscalização deve apertar, com urgência, e quem esparrama ou destrói tem de pagar pelo que faz. A situação do lixo é um exemplo à perfeição de que há muita gente que só entende a linguagem da multa e da punição. É para isso que caminhamos, tristemente. Pelo bem, não vai.

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