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Confira a entrevista de Adiló Didomenico ao Pioneiro

Confira a entrevista que o diretor-presidente da CODECA, Adiló Didomenico, concedeu ao Pioneiro e publicada na edição do dia 28 de janeiro de 2009, com o título "Empresário do desenvolvimento". O texto pode também ser lido neste link: http://www.clicrbs.com.br/pioneiro/jsp/default.jsp?uf=1&local=1§ion=159&action=noticiasImpressa&id=2384010&edition=11588


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Caxias do Sul – Nos seus poucos dias de férias, o presidente da Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca), Adiló Didomenico, trabalha na expansão da sua empresa particular, administrada pela mulher e dois filhos. Morando há mais de três décadas em Caxias, o catarinense Adiló se diverte com o que chama de férias de gringo:
– Já me acostumei. É assim mesmo: enquanto descanso, aproveito para carregar pedras – brinca.
Adiló diz ser um homem dividido. Filiado ao PTB desde 1988, diz que nunca concorreu a cargos públicos pois queria ter tempo livre para a família. Alega ter rejeitado a presidência da Codeca e permanecido como presidente do conselho administrativo da companhia de 1989 a 1997 para poder administrar sua empresa.
– Quando os filhos cresceram, assumiram (a empresa), mas é um pouco pesado para eles e minha esposa – pondera.
Entre um compromisso e outro, na tarde de ontem Adiló achou tempo para passar no Pioneiro e conceder uma entrevista. Ele voltou a afirmar que acredita ser sabotagem os ataques aos contêineres e anunciou projetos para este ano. Confira os principais trechos.
Pioneiro: O senhor diz que o vandalismo contra contêineres é sabotagem política ou econômica. Como estão as investigações?
Adiló Didomenico: Algo há por trás disso. Temos a esperança de que a polícia consiga pôr a mão num desses caras e ele abra o bico. Acho estranho termos sete contêineres queimados em duas semanas antes das eleições. Quando divulgamos que tínhamos imagens de um suspeito, o problema cessou. Recomeçou agora, que anunciamos a ampliação do sistema. Mas pode ser uma sabotagem econômica, pois a indústria do lixo é muito rica. Caxias é a única cidade de médio e grande porte do país a controlar a cadeia do lixo, da água e do saneamento. A população tem que valorizar isso. Quanto à investigação, a polícia ainda trabalha no caso.
Pioneiro: Quando ocorrerá a terceira fase da coleta mecanizada?
Adiló: Este ano vamos nos empenhar para que o sistema funcione bem. Temos vários ajustes que detectamos na segunda fase (passou de 500 para mil contêineres). A comunidade não percebe, mas a coleta do seletivo não é prática, por exemplo. Não queremos atropelar a coisa.
Pioneiro: O contêiner amarelo é menor que o verde, mas recebe lixo seletivo, cujo volume é maior que o orgânico, que vai no contêiner verde. Por que é assim? Não deveria ser o contrário?
Adiló: Na Europa, os dois são do mesmo tamanho, mas o do seletivo tem uma fenda para serem colocadas caixas desmanchadas e um buraco para objetos menores. Se implantássemos isso aqui, onde não temos essa cultura... Imagina o que não iriam fazer com o contêiner para tirar as coisas lá de dentro. Aqui o pessoal coloca caixas inteiras... Eles estão dimensionados para coleta diária e são satisfatórios. Não podemos deixar de recolher diariamente pois o pessoal ainda coloca muito lixo orgânico no amarelo.
Pioneiro: Falta educação?
Adiló: Vamos agir ainda mais forte. Em quatro anos, fizemos 964 palestras para 63 mil pessoas.
Pioneiro: Quando funcionará o projeto Troca Solidária, que trocará lixo reciclável por alimento?
Adiló: Até final de março. Quatro quilos de seletivo compram um quilo de hortifruti da época, que compraremos de produtores regionais.
Pioneiro: O metano do novo aterro sanitário será utilizado para a geração de energia?
Adiló: Já estudamos isso com a Secretaria do Meio Ambiente. É uma das nossas estratégias para 2009: aperfeiçoar a separação do lixo, que gera emprego, e usar o gás para produção de energia. Até o fim de 2009 teremos um projeto pronto para aplicação no máximo em 2010.
Pioneiro: O senhor tem projetos para aproveitamento dos resíduos da construção civil?
Adiló: Planejamos estudar isso em 2009 e, se possível, ainda este ano firmar um convênio com a Secretaria do Meio Ambiente para termos um local para depositar esse material. Tem muita coisa que pode ser aproveitada.
Pioneiro: A Codeca tem soluções para recolhimento, reciclagem ou destino do lixo eletrônico (computadores e televisores, por exemplo)?
Adiló: Pretendemos abrir um projeto para isso. Podemos buscar parcerias com a iniciativa privada, com o Sesi, o Senai... O lixo eletrônico cresce muito. Esse material é muito rico. Podemos até montar novos computadores para escolas ou centros comunitários.
Pioneiro: Caxias possui 40% da malha viária urbana de chão batido. O que poderia ser feito?
Adiló: Acho que deve ser investido mais no calçamento comunitário...
Pioneiro: Mas isso é feito por empreiteiras, não pela Codeca...
Adiló: É porque o asfalto não permite que se cobre uma contrapartida do morador. O calçamento sim. Além disso, temos que levar em consideração a questão da permeabilidade do solo. Há alguns lugares, como grandes rampas, que não podemos asfaltar.

Melhoria na gestão
Um dos objetivos da Codeca para 2009 é ser um modelo de gestão. De acordo com o presidente Adiló Didomenico, a empresa é pública, mas deve ter metas como qualquer empresa privada. O primeiro trabalho será separar processos.
– Teremos controle de obra por obra, por exemplo. Quando terminarmos de pavimentar uma rua, saberemos exatamente quanto lucro ou prejuízo deu. Hoje é tudo um caixa só – diz Adiló.

Quem é
- Nome: Adiló Angelo Didomenico
- Idade: 56 anos
- Estado civil: casado com Célia Didomenico, 55 anos, com quem tem quatro filhos de 32, 28, 26 e 20 anos
- Formação: técnico em contabilidade, formado em Economia e pós-graduado em Marketing
- Currículo profissional: empresário do setor de alimentos desde 1970
- Currículo político: líder estudantil e sindicalista na década de 1980, filiado ao PTB desde 1988 e presidente da Codeca desde janeiro de 2005. Em 2009, foi reconduzido ao cargo

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