Notícias da CODECA

     Em função do dia do gari, o coletor Marcio dos Santos participou nesta terça-feira (15/03) do passeio Caminhos do Lixo. Acompanhou alunos da quinta série da escola Zélia Furtado que foram conhecer uma reciclagem, o aterro sanitário e o museu do lixo. Respondeu perguntas, explicou como separar o lixo, embalar vidro e contou como é o dia a dia da profissão. Confira alguns pontos da conversa:

Idade: 31 (22/08/1975)

Altura: 1,74

Peso: 122 Kg

Time: Caxias

Trabalha na Codeca desde 19/03/2005

Casado há 09 anos. Tem um filho adotivo de 06 anos e a esposa está esperando uma menina que deve nascer até o final do mês.

Gosta de trabalhar como gari. Trocou trabalho de vigilante pela Codeca.

Acha engraçado quando chamam de lixeiro na rua e procura explicar o nome correto.

"Já apontaram pra mim e chamaram de lixeiro gordo. Não me sinto ofendido, mas quanto mais consideração melhor."

Ganhou um computador de uma senhora do bairro Cinqüentenário.

Já encontrou no lixo relógio, tv e  geladeira duplex.

A estória da menina que chorou porque não ganhou tchau dos coletores foi o momento mais emocionante da carreira.

Já foi ferreiro, auxiliar de expedição do jornal Pioneiro e trabalhou em uma vinícola colocando rótulo nas garrafas.

"Já vi colega ser ameaçado por não levar lixo orgânico no dia da coleta seletiva. Uma moradora de um bairro disse que iria bater no coletor se não levasse o lixo. Expliquei pra ela que era dia de coleta seletiva, e o lixo dela estava muito mal separado pois tinha plástico e papel com resto de comida. Expliquei pra ela e hoje somos amigos, me cumprimenta e tudo".

"Tem locais onde é difícil recolher o lixo. Pouco espaço, lixeiras de metal muito próximas dificultam e corremos o risco de sofrer algum ferimento."

Um segredo da profissão: Um galho pequeno ou ramo verde em cima de uma sacola significa que o coletor encontrou algo que interessa, tipo calçados ou roupas boas, e serve de sinal para que os colegas não joguem o material no fundo do caminhão.