novo sistema melhora coleta

O sistema de conteinerização e coleta mecanizada de lixo orgânico foi implantado pela CODECA – Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul em agosto de 2007. Foram colocados nas ruas centrais 500 recipientes verdes, para lixo orgânico, e 500 amarelos, para os resíduos seletivos. A aprovação da população foi grande – 83,2% elogiaram a mudança, segundo enquete do jornal Pioneiro publicada dia 10 de agosto (uma semana após o início da processo).
Para mudar a coleta, a CODECA realizou um amplo estudo sobre o novo sistema, até então implantado por cidades como Roma (Itália), Barcelona (Espanha), Edimburgo (Escócia), Paris (França), Antuérpia (Bélgica), Santiago, Viña Del Mar (Chile), Montevidéu (Uruguai) e Caracas (Venezuela). Após a decisão de que a inovação era viável, funcionários da empresa passaram semanas definindo a área e a colocação exata de cada um dos 502 contêineres.
Na primeira fase, foram colocados contêineres em 270 quadras, no Centro e bairros vizinhos (Pio X, Lourdes, Exposição, São Pelegrino e Rio Branco). A área escolhida conta com cerca de 80 mil moradores, fora a população ambulante (pessoas que trabalham ou se deslocam ao Centro), de até 250 mil pessoas. Alguns ajustes, como o ponto exato dos contêineres, foram realizados nos meses seguintes à implantação do sistema.
A implantação da coleta mecanizada do lixo orgânico custa, mensalmente, a CODECA R$ 105 mil mensais, referentes ao aluguel dos contêineres e dos três caminhões (dois de coleta e um para a lavagem dos recipientes). Com a inovação, os seis caminhões e os 18 coletores que operavam na área central foram reaproveitados para melhorar o recolhimento de lixo nos bairros, onde a coleta era deficitária.

Coleta orgânica

A CODECA também inovou na coleta de resíduos seletivos. Num primeiro momento, a empresa colocou 502 contêineres de fibra de vidro nas ruas, ao custo unitário de R$ 450, para o confinamento de material reciclável.
Como o volume de resíduos seletivos cresceu nos meses seguintes, a CODECA optou pela colocação de contêineres maiores, com capacidade para mil litros, ao custo unitário de R$ 885. Além disso, a coleta passou a ser mecanizada.

Atos de vandalismo

Apesar de permitir o descarte do material a qualquer hora do dia, manter o lixo confinado e melhorar o aspecto visual, o novo sistema passou a ser alvo de atos de vandalismo. Ao todo, entre agosto de 2007 e fevereiro de 2008, foram incendiados 15 contêineres amarelos. Outros foram destruídos completamente por acidentes. A empresa também perdeu cinco contêineres verdes, em função de batidas de carro ou caminhão. Além de contêineres destruídos parcial ou totalmente, foram registrados incidentes com o lixo sendo retirado dos contêineres e jogado no chão.